Tebas, 22 de Fevereiro de 2011 – 23:38h.
Hoje o dia foi produtivo.
Pensei em escrever esta mensagem quando estava indo pra aula.
Parei pra perceber quanta coisa já vivi.
Parei pra lembrar minhas lembranças. Sofri meus sofrimentos... Aprendi com todos eles.
Parei pra pensar no tempo da escola, das molecagens inocentes.
Como seria bom poder apanhar de novo todos os tabefes que ganhei da minha mãe quando o mundo era melhor.
Como seria bom voltar a ter que dormir as dez. e ir à rua jogar bola com a molecada? Nem pensar.
E as festas com pedacinhos de bolo e refrigerante com a turma da rua e aquelas tias chatas que sempre traziam roupas...
Como seria bom voltar.
Regredir.
Andar pra trás.
Como seria bom...
Pensei em como seria se ainda quisesse ser astronauta, médico ou professor...
E como seria imperfeitamente perfeito se todos os beijos fossem como o primeiro. O coração a mil sem saber se vai dar certo...
E como era tão normal assistir os desenhos da TV.
O Sol nasceu. Está frio... Mas hoje tem Educação Física...!
Lá vou eu outra vez, correndo, pois vem o ônibus. Mas se eu perder?, Já já passa o “cidade nova”.
Oba!!! Meu pai me deixou ir ao aniversário de quinze anos da Thainá: _ “Antes de ir pra lá combina o horário da volta com o taxista.” _.
Como seria bom ouvir os velhos sermões, E apanhar toda vez que brigava na rua.
Como era bom olhar pro velho e ver escrito nos olhos dele “esse é o meu garoto”, enquanto eu, empolgado, lutava nas aulas de Karatê.
Seria bom também ouvir na TV não só desgraça e não apenas futilidades. Ainda malhava-se na malhação.
Seria bom se emocionar novamente como na copa de 2002.
Eu queria ter um cachorro, mas só tive um passarinho, que ficou cego e morreu de velho.
Era uma sabiá.
Seria bom voltar no tempo e poder ter aproveitado mais a Marcella... 3 de outubro de 2009... Lá se foi mais um...
E se eu não mudasse pra cá?
Talvez não seria quem sou.
Não pensaria como quem sou.
Não faria inúmeras coisas.
Formei na 8ª série sem muitas vanglórias... Não foi o que eu queria.
Conheci a Laura... Ixii... Isso dá um livro, que por sinal seria –O LIVRO-... Isso foi importante.
Depois deste fato, muita coisa mudou.
Falamos em lutar por um mundo melhor, mas o que eu quero é só o mundo de volta. O Velho mundo monótono e rotineiro. Eu era feliz e não sabia.
Estou aqui encima hoje, com os pés sobre a relva, o olhar sobre a cidade... Disposto a descobrir, depois de 16 anos e até mesmo depois de cazuza, que o tempo não pára.
Mas não pára para quem vive.
E pra quem morre?!
Não sei. Vem voar comigo!
No mais.
Estou indo...
Embora.
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